O
amor, muito se tem dito a respeito do amor.
São
inúmeras as definições, as concepções expostas nos romance, conto, novela, nas
poesias acerca do amor, como também há dissertações, teses. Todavia em todas
essas várias visões um ponto converge: o rotulo que o amor apenas se qualifica,
expressa, denota -isto e aquilo- igual ao rio que corre em busca do mar através
de um único caminho.
Assim
rotulam o amor como se fosse só isso e somente. Como se pudessem em gaiolá-lo
tal qual um passarinho, forçando-o a ter um dono. Ou como se pudessem como um
animal domá-lo. Uma vez domado obedeça às regras impostas pelo seu senhor:
senta, levanta. E prontamente cumpra a risca. O que não deixa de ser uma
tremenda ignorância.
Não
se pode apropria-se do amor, é impossível.
O
amor foge a definição, a rótulos,assim como ele não é isto ou aquilo,embora
seja em certas circunstancias que requeira que assim proceda. O amor não estar
preso a tempo, a costumes, as regras sociais, também não é resultados do que
pensa a maioria.
O
amor é dinâmico, não estar preso ao passado. Evolui conforme, o ser humano
vence as barreiras do desconhecido. Renova-se num processo natural como as
arvores na primavera. O amor não reflete tendência. Não se em quadra em
concepções forjadas pela ignorância. O amor não tem cara, não tem nome, não tem
idade, não tem sexo. Semelhantemente não é preconceituoso, discriminador,
excludente.
O
amor é como o vento. Sopra onde quer, vai a onde quer. Pode ser ameno ou voraz.
Em grande quantidade é um furacão que por onde passa revira tudo, abala as
estruturas, provoca confusão. É uma força incontrolável, violenta, extremada
segundo a qual não é governada, dirigida por ninguém. Em pouca quantidade é uma
brisa languida, efêmera que tão de repente como aparece desaparece no horizonte
e deixa na pele um quê de massagem.
O
amor é tempestade em noite escura. Temporal em pleno dia que era aguardado o
sol pujante. Estranho, subversivo, perigoso - aos olhos daqueles que o veem
como uma via de mão única, uma obra de arte vista de só ângulo, de uma única
perspectiva. Aos olhos daqueles que o vestiram apenas de pétalas, deram-lhe a
imagem de anjo como se ele não gostasse de outras roupas, não tivesse outras
imagens.
O
amor não se encontra em volto neste monismo tolo que gera incompreensão,
paradoxo e ate mesmo crimes. O amor é água agitada pela tempestade, mas também
é água que lava impurezas, sacia sede e reflete quem somos como se fosse um
espelho.
O
amor é improvável. Cheio de vontade como uma fagulha que aparece na floresta,
inofensivo, relis, mas descomedido logo se transforma em chamas arrasadoras,
perde a inofensividade e passa a ser nocivo, e é rápido para queimar, arrasar
floresta toda.
O
amor é a sedução embriagada por musica a qual nos rende, expurga o pior que
trazemos no eu, muda perspectiva, faz-nos encarar o mundo por uma nova ótica,
enfim, transforma quem éramos. Depois de provarmos de sua água nossa estrutura
é sacudida e dependendo para quem ele nos desperta perdemos o ódio, o pudor, a
vergonha, o nojo. Diante disto, o improvável torna-se provável, as barreiras
são estímulos.
O
amor é luz que vence as trevas. Dissipa a muralha da escuridão numa onda mágica
de entrega e de recusa. Entrega independente de qualquer natureza. Recusa
porque o amor quando reina em nossos corações perdemos a noção do vil, pelo
menos no que tange a pessoa amada. Ao embalo da musica da entrega e da recusa
desbravamos fronteiras, terras perigosas, atravessamos oceanos, escalamos
montanhas, vencemos o passado, trabalhamos o presente, construímos o futuro.
O
amor não é um carro sem freio numa estrada íngreme. É antes, a solução certa,
segura para indivíduos que na vida são verdadeiros carros sem freios em estrada
íngreme.
O
amor é vento, é tempestade, é furacão. Mas também é poesia, é uma linda melodia
forjada da tristeza, é um pássaro livre, um sorriso inocente de um novo tempo.
Sobretudo, é um anseio, a busca de vermos o amado feliz. Esse anseio é como um
vulcão em erupção,queima,consome-nos como larvas desprovidas de egoísmo,
falsidade, ou qualquer sentimento mesquinho ou vil. É tão forte esta verdade
que preferimos sofrer para que outro jubile. Por isso, quem ama é
incompreendido, sofre, enfim todo amor tem que passar pela cruz.
Se
porventura, você ama e nunca sofreu então amor não é. Pode ser um conto de
fadas ou uma mentira, mas amor não é. Amor que não passa pela cruz, que não
exigi morrer pelo outro, gastar tempo não pode ser designado de amor.Amor
sempre passa pela rua do sofrimento.
Portanto,
o amor é fértil, pois é fruto que nasce no coração de todos e depois de
transformar o que no coração não presta leva átona,realçando o que de melhor
temos,somos. Ele não pode ser criado numa gaiola, porque é livre como o sol que
nasce toda manhã e não escolhe a quem deslumbra com sua luz, com sua vida, com
sua alegria, logo sem o sol as trevas, escuridão,á noite duraria ,reinaria para
sempre.
Graças
a Deus que o amor é o sol de cada manha, é a vida de cada dia e, é pleno no que
concerne vencer a escuridão nas vidas, destruí-la, intimida-la, desvanecê-la,
pois do contrario, o homem seria noite eternamente. Em suma, olhemos para o sol
e aprendamos, o Sol é a melhor figura para representar o amor. O amor como Sol
não escolhe este ou aquele para iluminar; como também pelo fato de oferecer luz
não cobra, não espera nada em troca tampouco se frustra frente às decepções,
ele simplesmente os ilumina.
Por Adailson Pereira