Teimosia







Vencer na vida tem  haver com a força e a teimosia em ficar de pé mesmo sendo golpeado repetida vezes. Dito de outra maneira,  tem mais haver com quanto sou capaz de apanhar e ainda continuar em pé do que eu pensava. 

Tá condicionado à  quanto aguento levar porrada,  assim como a atitude que terei com a dor da pancada,  ou seja,  se vou desmaiar,  desesperar ou gritar,  ou se, devido os golpes vou desistir, ou ainda, calado, sem reclamar,  vou suportar,  não que esteja imune a dor, mas porque lamentar não resolve nada.

Vencer na vida tem tudo haver o quanto  tá disposto a ir, a aguentar,  a suportar, não só o grau das porradas, mas também a intensidade da dor,  ou até onde pode suportar vendo,  sozinho,  o corpo machucado, a alma aflita,  sentimentos arruinados. O Quanto  é capaz de ver os próprios sonhos,  planos em pedaços,  e, sozinho,  colar pedaço por pedaço. Até que ponto tá disposto a ouvi que não vai da certo. 

Em suma,  vencer na vida tem tudo haver com o que, você, faz com as porradas que leva. Tem tudo haver como, você,  administra a dor que sentes,  e, por fim, isso tudo tem haver com a capacidade de permanecer em pé. 

Eu aprendi... 


Por te amar ( II Capítulo)


1º PARTE

         

                                                                 II Capitulo





Eram 15h45min da tarde quando cheguei ao escritório. Minha secretaria levantou os olhos quando entrei intrigada pela minha volta, porque no começo da tarde quando deixei o escritório me despedi, especificamente dei a entender que só na segunda regressaria.

- Lucas já chegou? – Perguntei.
- Na sala dele, doutor. - Respondeu.
- Por favor, diga para ele vir a minha sala.
Sentei-me á mesa. Puis sobre a mesa minha pasta e fiquei esperando Lucas.
Minha sala era aconchegante, além da minha mesa havia um conjunto de sofá sofisticado, apropriado para constituir a imagem imponente, audaciosa para os clientes por aquela sala passava. Na parede dois quadros expressionistas de um artista local. 

Sempre acreditei que imagem é tudo.

Ouvi a porta abri-se, mas não levantei os olhos. Continuei entretido com o processo de Antonio que segundos antes da entrada de Lucas havia pegado da pasta, que carregava comigo. Não deixava no escritório por sua importância.

- Boa tarde. – Lucas falou chamando minha atenção.

Fiz menção que ele sentasse na cadeira junto à mesa que eu estava. Sentou-se.

- O caso Antônio, vai reverter à situação? – Preocupado. Primeiro, porque envolvia o nome do meu escritório devido ao fato de ter ganhado notoriedade imensa, depois que a imprensa passou a noticiar. Segundo, Antonio era da pesada segundo alguns advogados comentavam, os que não o receberam enquanto cliente, sinalizavam, no caso de uma eventual perda, possível represaria por parte de Antônio.

-Não tenho nenhuma duvida quanto a isso. – Lucas respondeu otimista.
- Muito bom. – Folgo com a resposta de Lucas. Confiava no otimismo dele, pois sua confiança era algo fenomenal. Admirável. Porque era uma esperança cuja base não era emocionalismo, mas, sim, substanciada em evidência racional.
- Mas há algo que quero novamente tocar. É fato que vamos manter o direito de Antonio de responder o processo em liberdade, mas não vejo essa mesma facilidade quando se trata em ganhar o processo. E ai chega às considerações que quero fazer.
- Lá vem. – Murmuro, pois sabia do que se tratava.

- Sei que quer conquistar nome, que deseja a fama, almeja o sucesso, dinheiro. Sei que esse caso te oferece isso. Sei que esse caso mexe com teu ego. Mas se você perder? Antônio é um dos Homens mais rico deste Estado, e você conhece o que diz por ai a boca pequena, acerca da origem da grana dele, do que ele é capaz.
- Eu vou vencer esse processo!- Exclamo.

- E se perder? E se Antonio uma vez condenado queira vingança? Cassios acha mesmo que esse processo vale tanto?
- Pela fama, vale. Pelo nome que quero conquistar, vale. E outra, não acredito que possa perder tampouco creio, na hipótese de perda, de uma eventual represaria. Não creio.
- Deus ouça tuas palavras. Deus te ouça.
- Cara tá te preocupando á toa. Relaxa.

- Tá dizendo, então... – Lucas evoca forças para crer nas minhas palavras, mas o fato é que reticente permaneceu com o pé atrás... Preocupado.

A fim de amenizar o clima sério instalado resolve inserir outro assunto, digamos mais light.
- Tive uma tarde quente proporcionado por Wiliane. Meu amigo a mulher trepa demais. Faz um boquete como ninguém.
- Humm, talvez seja ela a mulher que vai dominar esse coração. Há mulher que prende o cara pelo estomago, Wiliane talvez te prenda pelo sexo. – Lucas fala abandonando o ar de preocupação.

- Tá pra nascer à mulher que vai domesticar meu coração, ou como disse, me prender. Mulher na minha concepção serve para trepar. E se trepar bem, ganha meu respeito. Esse negócio de amor não é pra mim.-Concluo.
- Ainda vou vê-lo rendido de quatro, completamente apaixonado, talvez esse dia esteja mais perto do que pensa.
Balanço a cabeça em negativa o tempo todo que Lucas externou o seu desejo de me ver apaixonado.

O telefone tocou.

 No segundo toque atendo, e digo:
- Alô.
- Oi mano, - Falou do outro lado da linha. – Aqui é Wdimário teu irmão. Estou ligando para confirmar tua presença no jantar em comemoração aos meus 35 anos de vida. Posso confiar em tua presença?
- Sim. Pode confiar. – Respondi meio reticente.

Á bem da verdade, é que se minha ausência não fosse interpretada como falta de união, portanto inadequada, certamente que optaria por não ir. Assim minha aceitação estava condicionada a conveniência, além do fato que Wdimário era meu irmão. A razão de não querer ir residia no fato de querer poupá-lo de um eventual sofrimento, por isso me afastei de sua casa.
- O jantar estar marcado para 21h00min da noite. – Wdimário encerrou a ligação numa despedida rápida.

Coloquei o telefone no gancho e voltei-me a atenção a Lucas que fez ar de riso.
- Cassios você sabe que é inadequado a tua presença naquela casa. - Asseverou Lucas.
- Sim, sei. Mas não há como recusar o convite. É o aniversario do meu irmão. – Justifiquei ciente da delicadeza do assunto.
- Mesmo assim. Desde quando você prometeu dar um basta nesta historia? Isso faz o quê? – Lucas pensa, tentando ao certo precisar quanto tempo foi a  minha decisão.Quando consegue precisar exatamente, conclui: - A cinco meses atrás, isso mesmo...5 meses atrás. E desde então deixou de ir a casa do teu irmão. Cassios, não sei... É temeroso.

- Não é preciso te preocupar, porque não terei uma recaída... Até porque você estará comigo.
- Desculpa, mas não. Esses eventos são muito chatos.
- Por isso quero que vá comigo.
- Não. Não e nem insista nisto. Se for pra eu ir a algum lugar, então prefiro a companhia da minha esposa. O fato é que sábado, á noite, não irei saí com a minha esposa muito menos irei saí contigo para esse tipo de evento. Tenho outros planos. - Lucas esclareceu num certo mistério.
- Qual é esse plano?- Perguntei curioso.
- Rapaz, - Começou Lucas entusiasmado. – Descobrir pela internet uma parada aí muito foda, mas só contarei depois de experimentar. Antes, não ti digo. Mas é foda apenas ti antecipo isso.




- Ok. Parece ser foda mesmo, pelo jeito que fala.
- Adianto que é uma degustação às cegas. Um entretenimento, digamos uma alternativa pra nos tirar do tédio.
- Casado e com tédio? Então, em outras palavras convém com a minha tese que casamento é um tédio. - Assevero perspicazmente na tentativa de conseguir da parte de Lucas, enfim, mesmo por um vacilo que concorde comigo que, de fato casamento é tedioso.
- Não disse isso. Você tá mudando o sentido e pondo palavras na minha boca. Não me referi à instituição casamento quando utilizei o termo tédio. Mas, me referi a vida em geral.
- Será?Não foi o que entendi, mas por enquanto deixa pra lá. Quer dizer, então... – Guardando os documentos na pasta. -... Que você não vai comigo. Vai me entregar a tentação?

- Controla-se. - Lucas fala em tom de conselho.
- A carne é forte. – Ressalto. - E a minha é muito forte.- Devido a minha queda incontrolavel por uma boa trepada. Eu era completamente tarado, por isso dizia que minha carne não era fraca, e sim forte, porque conseguia me controlar.
- Mas terá que agüentar. Enquanto isso... vou á degustação ás cegas.
- É, então, como o caso Antônio segundo tua palavra e competência vai ser resolvido, ou seja, estar sob controle. Vou à academia e de lá irei direto para casa. Qualquer coisa estou ao celular. Ah, se mudar de idéia quanto ao aniversario de Wdimário, me avisa. - Levanto pego á pasta e dirijo-me a porta. Lucas me segue.

- Ok Cassios.
Reitero:
- Se reconsiderar me liga.
- Não vou.
Passo pela secretaria, e vou embora.

No carro havia bermuda, camiseta e tênis que trazia comigo para depois do trabalho ir à academia. Na academia passei uma hora: fiz serie para as pernas, para o peito sob a orientação de uma personal traineer. Terminei as séries molhado de suóu, portanto cansado na academia mesmo tomei uma ducha.

Entrei no meu apartamento às oito da noite. Joguei a pasta sobre um dos sofás branco, tirei a bermuda, a camiseta e o tênis desejando descanso. À vontade só de cueca boxer vermelha me deitei no sofá.

O apartamento localizado na Ponta da areia era composto de três quartos com suítes cuja decoração privilegiou o branco para gerar um ambiente tranqüilo, calmo, aconchegante. Preparado e disponível para receber o dono estressado  de um dia atribulado, por isso os quadros escolhidos pelo decorador primava por imagens ordeiras, prazerosa  e ajudava a construir um clima iluminado, claro, destruindo assim qualquer vestígio de sombra, trevas ou resquício de angustia. Os moveis eram uma visão de bom gosto, sofisticados, também na cor branca representavam o que de melhor o dinheiro podia pagar.

Localizei o controle do MP3 de baixo da almofada ao meu lado e apertei o play na faixa nove: a música “esses moços, pobres moços” na voz de Gal Costa. A música instantaneamente preencheu a sala levando minha mente a divagar enquanto meu corpo cansado procurou relaxar.

Considerava a canção de Lupicínio, a canção da minha vida, e desde os meus 18 anos a escutava todos os dias.


















Por te amar ( I Capítulo)


1º PARTE



                                                    I Capitulo 










Preso á guarda da cama por um cadaço de tênis improvisado. Eu estava por vontade própria entregue aos caprichos de Wiliane. Completamente sujeito ao fetiche que, há muito, ela queria realizar, além do fato que eu adorava sexo nestes termos, por isso, foi unir o útil ao agradável. Relaxei e permitir ser usado por Wiliane.

Meu pulso amarrado pelo cadaço aumentava em demasia o prazer e o desejo viril de penetrá-la com violência. Acima de minha cabeça podia ver, no espelho, meu corpo nu, musculoso sobre lençóis branco de motel, enquanto meu falo duro, em toda sua extensão, era manipulado pelas mãos sagaz de Wiliane Andrade, que nua exibia os mamilos rosados do seio teso, o qual me atiçava o desejo, criando, assim, um clima de luxúria que orquestrado me deixava mais cativo aos seus dotes de mulher exuberante, que sabe deslumbrar um homem.

Wiliane era Advogada. Na verdade,  a conheci na Universidade, no 5º período, daí em diante aprofundamos a amizade ao nível de bons amigos, porém nunca transamos, até essa ocasião. Formamos juntos. Enquanto ela seguiu carreira na seara do Direito Trabalhista, trilhei o caminho do Direito Penal.

- Agora que me tem em tuas mãos devo esperar que me maltrate, me use e abuse de mim? - Pergunto em tom de brincadeira.
- Humm, tenha certeza, Cassios que farei. Tenha certeza. - Respondeu usando uma voz delicada de quem premeditamente exibe sensualidade.

- Pode então começar, porque estou em tuas mãos... Literalmente. - Referindo-me ao fato do meu membro estar nas mãos de Wiliane.
- Verdade. É impressionante... Bastou um toque e o volume aumentou rápido. É enorme. - Wiliane comentou com pilheria.

Rir do comentário de Wiliane e, no mesmo grau de pilheria, respondo com uma pergunta:
- E por acaso o tamanho te assusta?
- Assustar? Claro que não, pelo contrário, é um aperitivo a mais. Confesso que não suporto transar com um cara de 17 cm.

- Então aproveita, porque o meu passa e muito dos 17 cm.
Então com frieza envolveu com os dedos o ápice do meu pênis, apertando-o e soltando-o em movimentos ritmados, delicados. Possuído de sensações fumegantes fechei os olhos e me entreguei às habilidades de Wiliane. Abaixou a cabeça e com os lábios, a língua a cariciou meu membro pulsante, lambeu, mordeu de leve com cuidado a tal ponto que suspirei de prazer.

- Quero você, agora! - Exclamei doido pra estar dentro dela.
- Você não manda aqui. Esqueceu?
- Ah, é? - Ainda com os braços amarrados na guarda da cama girei num lance e estiquei uma das pernas envolvendo a coxa de Wiliane. Apanhada de súbito foi, propositadamente, puxada pra cima de mim.

Não tendo como escapar o jeito foi se render e sentar sobre o membro ereto. Quando sentir que estava dentro dela, ela gemeu profundamente como se estivesse adaptando-se com o tamanho, ao mesmo tempo em que passei a excitá-la, chupando de leve o bico do seio de Wiliane afim dela relaxar.

O gemido que antes era leve aumentou severamente, ainda mais quando levantou as escadeiras e começou a cavalgar nele relaxada com todo ardor. Sentir macia, úmida ao redor do meu pau. Na pretensão que ele fosse mais fundo naquela passagem estreita, ela levantou os quadris, o que logo se intensificou gerando um ritimo frenético até que a cavalgadora foi tomada de desejo. Retorcia-se... Em brasas... Subindo e descendo. Com um grito incoerente, ela atingiu o êxtase, trêmula e sem fôlego.

Mesmo depois que ela caiu sobre mim com suspiros, prolonguei o momento, permitindo que as pulsantes convulsões se esvaíssem, para só depois explodir em espasmos descontrolados, ajudado pela pressão desconfortante do cadaço que me apertava os pulsos deixando meus braços nus expostos.







Satisfeito, pedi:
- Por favor, tira esse cadaço dos meus pulsos. Acho que já tá me ferindo.
Com esforço, ela se levantou para desatar os nós e voltou a cair entre os travesseiros, com os olhos pesados de languida satisfação. Acabada, com o rosto enterrado entre os travesseiros, interrogou-me:
- Que tal, ti satisfiz?
Sexualmente satisfeito, embora não saciado completamente, dou-lhe a resposta que o seu ouvido almejava ouvi:
- Muito.
O celular tocou. O toque era a música do Flamengo a quem, depois das mulheres, nutria apreço inenarrável, sem igual.
- Cassios é o teu Celular. - Avisou Wiliane acostumada com o toque desde Universidade.
- Onde estar?- Procurei no bolso do paletó, da calça, da camisa, embaixo dos lençóis. Sem sucesso.

- Onde estar meu celular? – Já caminhando pra irritação.
O celular parou de tocar. Depois de alguns segundos começou novamente a cantar o hino do Flamengo.
- Meu Deus, onde botei meu celular?
Enfim, achei-o debaixo da cama após muita procura.
Atendi.
- Alô, Cassios? Sou eu, o Lucas. – Falou do outro lado da linha.
- Eu sei Lucas. Esqueceu que tenho teu numero na minha agenda?
- Costume. -Explicou.

Pela voz de Lucas considerei que era algo relevante, do contrário, não se atreveria a me incomodar no meu, digamos, ninho de amor. Uma vez que, sabia onde estava, com quem estava e o que fazia.
Lucas assim como Wiliane estudou comigo Direito, o diferente é que além de melhores amigos, éramos sócios no escritório “Cassios e Lucas Advogados Associados”. Um cara prático, responsável, habilidoso para com os negócios e a quem nutria plena confiança.
- O que ocorreu Lucas? Tá apreensivo.
Lucas foi direto ao assunto sem rodeios.

- o fato é que o Ministério Público derrubou o Habeas Corpus do Antônio Albuquerque. Ele voltou à prisão.
Antônio Albuquerque era o meu caso mais importante. Acusado de matar a esposa, depois que descobriu que ela o traia conseguir o direito dele esperar o Julgamento em liberdade. O crime chocou o Maranhão.
O caso chegou ao meu escritório após ser rejeitado por quase todos os grandes escritórios de Advocacia de São Luis. Peguei-o pela fama e o prestígio  que me proporcionaria, caso vencesse o processo.

- Não. Porra. –Dei um soco na parede furioso.
- O que é isso?- Wiliane perguntou assustada.
- Nada. – Botei a mão no telefone para que Lucas não escutasse.
- OK. – Disse Wiliane ainda assustada.
Voltei-me para Lucas.
- Tô indo agora mesmo pra ir.
-Cassios, já entrei com ação para reverter à situação.
Lucas era de fato um cara muito competente, por isso decidi com ele abrir o escritório “Cassios e Lucas Advogados Associados”.

- E...
- Falta o Juiz apreciar. Enfim, tô indo para o Escritório, ainda são 15h00min da tarde. Vou revisar uns processos.
-Nos encontramos lá daqui a meia hora.
- OK. – Lucas falou e desligou.
Apenas de cueca boxer vermelha no centro do quarto. Tratei de me vestir.
- O dever me chama, minha cara.
- Vá em frente.

Mexir no bolso do paletó e peguei uma chave e a joguei ao lado de Wiliane.
Expliquei:
-É uma cópia do meu apartamento na ponta da areia. Quando quiser abusar de mim estou à disposição.
- Humm. – Balbuciou cheia de dengo típico do sexo feminino. O fato é que minha atitude deixou Wiliane lisonjeada.





 OBS: Próxima Terça II Capitulo da 1º parte do Romance erótico  " POR TE AMAR".
 OBS: A primeira parte terá quatro Capitulos. Ao todo serão 7 partes com cada qual quatro capitulos.







Opinião de terceiros: só nos afeta, quando ignoramos quem somos.









Por me importar com a opinião de terceiros: Incontáveis foram às vezes que chorei. Inúmeras foram às quedas que obtive na vida. Várias foram ás vezes quebrei a cara. Sofri.
As lágrimas, os sofrimentos se davam porque eu nunca estava à altura das expectativas, do que os outros esperavam de mim. Simplesmente eu não conseguia atingir o nível, por mais que tentasse - e olha que tentei – do pensamento, da imaginação, da noção que eles criaram a meu respeito. Ou, sem minha autorização, a imagem que definiram de mim e esperavam que eu fosse a cópia precisa que eles inventaram da minha pessoa, sem me consultar, reitero.

E foi ai que percebi: as escolhas, as decisões, embora as vivêsseis não eram minhas. Não correspondia com aquilo que eu sonhava, ambicionava. Percebi mais: Eu vivia uma realidade substanciada em eleições de planos, sonhos que tinha pouco de mim, incondizentes com aquilo que trazia no peito, da aquilo que pela madrugada sonhava de olhos abertos, porque me tirava o sono. Percebi que a minha vida não era eu, era um protótipo daquilo que terceiros desenharam. Eu era uma cópia ambulante, vegetativa.
De posse desta constatação, a saber: que eu não era. Que o meu verdadeiro eu sufocado morria preso temendo os achismos dos outros, e apenas pela madruga longe dos olhares, livre de qualquer temor aparecia pálido, fraco como um mal estar de um eventual dia cansativo.

Farto de sofrer. Farto de chorar. Farto de ser o que os outros decidiram por mim fiz da prisão reflexão a fim de descobrir, de fato quem sou, pois aceitei viver o enredo de outros por não saber quem eu era. Nesta fase de reflexão, ou ainda de descoberta aprendi muito ao meu respeito, criei intimidade com minha complexidade, a lidar com minha fraqueza, a amadurecer com os meus medos, e a insurgir contra as minhas quedas.
Aprendi a me conhecer. Confesso que a jornada foi longa, dura, e espinhosa, mas afinal aprendi, e ciente do que sou as opiniões, os pensamentos, as expectativas dos outros perderam peso, perderam significado, e tão somente passaram a serem opiniões dos outros.

Já não me afeta. Por elas, já não mais choro. Por elas, já não mais quebro a cara.
Por elas, já não caio. Já não me afetam mais. Porque agora vivo as escolhas, as decisões que eu ás elegi, que eu ás sonhei, que eu quero. Baseado unicamente no meu querer.

Quando se sabe, de fato o que você é achismos não tem capacidade de ofender, de ferir. Simplesmente, porque você não é o que dizem, e não sendo, porque conhece quem és de fato, as conjecturas tornam-se apenas especulações dignas de riso. Uma piada depois de um dia de trabalho.

Não vale lágrimas. Não vale sofrimento.


Por Adailson Pereira







Tentação


1º PARTE


                                     3º Capitulo : Labaredas













No outro dia.

Enfim, o abençoado dia de folga que eu esperava ansiosa, uma vez por semana havia chegado. Por questão de praticidade também era justamente o dia que caia a folga de Juliana, portanto sozinha não só realizava os a fazeres da casa como também aproveitava para preparar aula. Lembro que estava entretida corrigindo provas dos alunos do Ensino Médio quando tocou a campainha. Estranho foi à palavra que veio a minha cabeça por não ser comum às nove da manhã meus filhos ou Arnaldo regressarem, a não ser se houvesse ocorrido alguma coisa de ruim. “Não, não você ta paranoica” recriminei-me trazendo a possibilidade de ser algum vizinho, embora fosse muito inadequada visita naquele horário da manhã, e ainda por cima sem ligar.

Corrigia as provas no meu quarto motivo que demorei um pouco para atender a porta. A campainha era tocada com insistência, o que me deixou ainda mais apreensiva pensando besteira.

-Já tô chegando. - Avisei quase gritando, porque estava muito apreensiva com a possibilidade de ter acontecido alguma coisa trágica com meus filhos. Não suportaria.

Quando abro a porta dou de cara com Claudio, altivo, másculo, viril com umas das mãos enormes no bolso como se tivesse descansando. No rosto um sorriso de safado encantador cujo efeito fez apreensão, que até então me dominava, desaparecer. Usava bermuda de tecido mole que não detectei direito o material, uma vez que perdi o controle; sei que era próprio para malhar, porque certamente ele vinha da academia. Por ser a bermuda mole delineava entorno da genitália o desenho do pau dele abundante alojado a esquerda na cueca... A visão era nítida.

 A camisa, se aquilo poderia ser definida pelo nome de camisa parecia mais uma tira que nem dava conta de abranger à área do peito delineado. Deixando, assim nu os abraços, o peitoral, enfim, a região do tronco, e com toda certeza era premeditado a fim de se exibir o corpo malhado. Claudio estava suado ao ponto de suor descer percorrendo cada centímetro daquele corpo malhado que arrancava suspiros, desejos de qualquer mulher. Após percorrer regiões tão exuberantes o suor morria rente a beirada da bermuda, porta que dava para o paraíso que me proporcionaria adentrar ao céu pelas vias do prazer.

-Vir terminar o que iniciei ontem.

Sem titubear avançou contra o corpo me conduzindo para dentro de casa. Feito isso, com o pé fechou a porta atrás de si.

- Não, não quero. Você é namorado da minha filha.

- Sei que você quer, o teu corpo quer.

- Alguém pode chegar.

- Sei que você estar sozinha, e que não há menor possibilidade neste horário de alguém parecer.

-Como você sabe?

-Procurei me informar com a Brena. Agora, vamos parar de muito papo, porque eu gosto mesmo é da ação. – Advertiu me empurrando sobre o sofá da sala.

Tendo-o sobre mim, devo confessar que seu peso me esmagando era uma delicia, muito gostoso mesmo ter um macho sobre você furioso por lhe oferecer prazer.Tascou um beijo na minha boca, onde primeiro sem cautela a abriu com a língua tal qual um furacão de contentamento ávida para explorar em minúcias e extrair sensações do improvável, abrir a boca louca para vê-lo demonstrar o que sabia, até onde iria. Apenas relaxei e me entreguei...

Vorazmente sugou minha língua em demasia. Exigiu que eu sugasse a sua. Não contente sugou tantos os lábio inferior quanto o superior numa cadencia voluptuosa que meu corpo tremia mole, vulnerável e sedento sob o dele regido, firme como rocha e viril.

-Hoje eu vou ti comer com força, sem pena. - E arrematou: - safada.

Corei.

Mas, logo passou no momento que suas mãos enormes repousaram sobre meus seios apalpando, sopesando. De repente num rompante com as duas mãos rasgou minha blusa que havia ganhado de presente de aniversario de Arnaldo, meus seios ficaram expostos totalmente disponíveis para alegria dos lábios famintos de Claudio que os mamou com precisão, demonstrando notável habilidade, privilegiando a auréola como se fosse um troféu que acabara de conquistar, e esmerado com carinho cuidava, protegia. Sugava , mordiscava, lambia, mamava tudo ... Quase ao mesmo tempo equiparado a uma arte do qual cada movimento precisa ser efetuado no momento adequado se almeja o fim: deixar uma mulher louca.

Tendo meu seio chupado não aguentei. Gemi. Gemi. Gemi muito e alto.

Gemi como jamais havia gemido, como jamais homem algum teve a capacidade de me proporcionar. Lágrimas rolaram pela minha face, não de tristeza ou sentimento semelhante, mas de prazer. A mão direita percorria meu corpo, acariciando, apalpando, massageando, ou às vezes, simplesmente evidenciando sua posse, seu domínio instalado no meu corpo sedento pelo seu toque. Ousado enquanto brincava com os meus seios passou a frequenta meu clitóris por cima da calcinha.

-Porra, você tá molhadinha.

E estava mesma.

 Como era bom sentir prazer, como era bom. Sentia sua rigidez contra minha coxa, a sensação era que provavelmente era enorme; curiosa, agradeci a Deus pela oportunidade de até enfim tirar a prova dos nove... Até enfim, verificaria o tamanho, o tocaria, o teria nas mãos e quem sabe o teria na boca. Desde, da noite anterior o volume abundante formado na calça de Claudio me intrigava, aguçava minha curiosidade, sobretudo me deixava excitada. Havia chegado o momento, desta maneira botei de lado a vergonha e levei a mãos na região que tanto me instigava...  De fato o membro de Claudio era grande e grosso numa dimensão absurda.

-Tô vendo que você quer é ele, né? Safada. – Disse olhando-me fixamente.

Rapidamente levantou, sentou no braço do sofá.

E me chamou:

-Quer ele, né? – amassou o membro deitado à esquerda, extremamente duro. Continuou. - Agora vai chupá-lo. Vem cá e ajoelha.

Claudio não pedia, mandava.

Ajoelhei. Levantei a visão cujo ângulo dava certo pra sua virilha. Fiquei observando-o de baixo pra cima em expectativas. Ele abaixou o tronco puxou pelos meus cabelos pra trás deixando exposto meu pescoço a fim de beijar sem nenhum pudor, seguiu para o rosto, encerrando na boca. O percurso que fez foi diferente de quando estava sobre mim no sofá, agora ele me tratava com violência, e eu gostei, porque me deixou mais excitada, o que aumentou consideravelmente  quando, ainda com o rosto erguido, pois ele continuava puxando meu cabelo para trás; Claudio golpeou meu rosto com dois tapas. Adrenalina explodiu dentro de mim, meu coração acelerou. Gostei.

-Vou ti dar algo pra chupar. – Soltou meu cabelo, e eu retornei a posição em expectativas.

Jogou sobre o sofá a tira que ele usava com se fosse camisa. E o mais esperado aconteceu como em câmera lenta: Claudio desceu a bermuda até o joelho, depois da cueca tirou aquele que me daria o prazer que esperei por tanto tempo angustiada. Era maior do que eu imaginava. A cabeça grande vermelha, o corpo roliço formava uma imagem difícil de tirar do pensamento, porque era arte, pura arte. O fato é que ao ver salivei, encheu de água minha boca a tal ponto que quase pulei em cima ávida para tê-lo na boca a fim de curtir o sabor daquele homem. Ah, o sabor era tudo que eu queria descobri, que eu queria sentir.

Obvio que Claudio reparou o estado que fiquei. Sem perder o controle ordenou que o segurasse. Obedeci. Era quente.

-Desça a cueca pra mim sem soltá-lo. –Claudio mandou.

Novamente obedeci.

Com a cueca junto à bermuda o membro dele ficou totalmente exposto. Sentir a vontade de lambê-los.

-Agora devagar lambe a cabeça do meu pau.

Obediente. Devagar levei a boca ao pau de Claudio, contudo fui repreendida.

- Disse pra lamber e não levar a boca.

Frente à repreensão procurei corrigi o meu erro. Toquei o pau dele com a língua e inalei o cheiro, o aroma daquele órgão em posição de sentido. O cheiro atiçou ainda mais minha libido. O gosto era bom.

-Agora lambe com mais força enquanto segura meu pau com força. Você consegue safada?

Assenti.

Lambi com intensidade, mas ávida por tê-lo com mais Constancia, mergulhei a glande por inteiro na minha boca cujo efeito foi Claudio suspirar. Isso foi como apertar um “botão ligar”, pois Claudio se ajeitou no braço do sofá, segurou minha cabeça e penetrou minha boca uma, duas, três vezes.

Tirou o pau da minha boca e me deu duas tapas para após  enfiar novamente sem pena da minha boca.

-Eu quero ti fuder.

Segurando meu braço me colocou na posição que antes era dele, com uma única diferença eu estava deitada no braço do sofá com o trazeiro exposto para Claudio. Será que ele pretendia comer meu cu? Não, comer meu cu não, embora quisesse muito receava que não aguentasse.

- Não ti preocupa que ainda não irei comer teu cú. Por hoje me contentarei com tua buceta. -Explicou.

Tendo explicado escutei um envelope romper do qual presumir que era o invólucro da camisinha.

Segundos depois fui preenchida totalmente por traz. Primeiramente muito devagar, para depois o descompasso tomar a direção. Ele agarrou meu cabelo e o segurou firme me puxando pra trás enquanto me fudia obstinado.

-Você gosta, né safada? - E me bateu na cara.

Penetrava-me com força, sem pena. Brincava com o pau dentro de mim. Até pensei que não aguentaria que minha vagina não suportaria dada a grandeza, mas aguentei, embora sob gemidos, ais delirantes, lágrimas escorrendo dos olhos. Claudio era enorme.

Ele me trouxe pra junto do corpo dele sem parar de me fuder, assim ficamos em pé: eu na frente dele, ele atrás de mim me penetrando, puxando meu cabelo e falando asneira no ouvido meu. Como se não bastasse, além de falar saliência, me comer por trás passou a massagear meu clitóris tudo ao mesmo tempo. Isso me deixou louca, doida de excitação. Deu-me vontade gritar de tanto prazer.

-Tá gostando?- Claudio indagava movimentando como se fizesse circulo dentro de mim ao mesmo tempo que brincava com o meu clitóris.

Ofegante, respondia:

-Sim.

-Quer que eu pare?

Fui responder “não”. Claudio no mesmo momento deu uma estocada forte que eu não esperava. De tal forma que o não virou “aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii”.

-Claudio não para. -Pedi quase implorando.

-Você gosta. Eu sei que era isso que estava atrás. - O mesmo dedo que massageava meu clitóris ele levou a minha boca. Sentir meu gosto.

Empurrou-me novamente sobre o braço do sofá.

-Eu não aguento mais vou gozar. - Avisei lânguida.

-Já?

Então, saiu de dentro de mim, ajoelhou-se. Delicadamente tocou nas dobras dos grandes lábios, jogou de lado, abriu caminho e me penetrou com a língua com muita experiência.

-Não aguento mais. -Disse sentindo um elevado prazer. Assim fechei os olhos entreguei-me à língua de Claudio fudendo minha buceta. Voltei à montanha da noite anterior pronta para me lançar do cume rumo à imensidão, e já sem forças me lancei num voo livre... Gozei na boca de Claudio livre de frustração, de sentimentos reprimidos, de desejos escondidos. Gozei.

-Gozou né? Safada. -E deu uma tapa na minha bunda. -Agora é a minha vez. Deita no sofá.

Obedeci.

Claudio ajoelhou-se no braço do sofá na condição perfeita para se masturbar e eu contemplava de camarote. A visão era demais, perfeita.

Estimulava o avantajado membro pensando em mim, pra mim.

-Olha como você me deixa Angélica. - Falava enquanto se masturbava.

Próximo de gozar ergueu-se, sem interromper a masturbação caminhou o bastante para que ficasse especificamente sobre a região da minha barriga, já que como estava deitada no momento que ele andou fiquei entrei suas pernas. E jorrou o primeiro jato de esperma que voo na sala, o segundo jato jorrou na minha barriga. Agachou sobre meu peito e trouxe minha cabeça pra acabar de gozar no meu rosto, deixando-me assim toda banhada de esperma.

Terminado de gozar beijou meu rosto e lábios melado de esperma, do seu esperma.

Sem palavras pegou suas roupas e saiu. Deixando-me toda fodida e gozada, principalmente realizada.

Mas, ai o tesão foi cedendo.Veio a minha cabeça Brena, Vinícius e Arnaldo, o quanto os amava, eu amava minha Família e não a queria perder, não suportaria perdê-la. O desejo cedeu lugar ao arrependimento, ao medo de ser descoberta. Corri para o quarto, no banheiro liguei o chuveiro e sob ,com uma esponja a mão tentei me limpar, me lavar, me lavar. Sentia-me suja, poluída. O que eu tinha feito meu Deus?


Ouvi, eu ti amo!





Ouvi um eu ti amo,



Será que não seria piegas dizer que seria musica que romperia com o meu passado, anunciaria o novo futuro e me faria delirar, despreocupado totalmente despreocupado nas asas do som da melodia harmoniosa da paixão?

Seria piegas afirmar que de olhos fechados navegaria por águas tranquilas, banharia na cachoeira das realizações, lavado, purificado de temores cantaria o hino dos que chegam ao pódio.


Seria forçoso asseverar que o sol daria seu fulgor com mais veemência assim como as estrelas?A lua apareceria no firmamento com mais graça para enfeitar a noite, as arvores de alguma forma ficariam mais verdes, dariam mais frutos, estariam mais vivos.


Os pássaros entoariam cânticos celebrando o nascer de uma nova historia cujo passado morreu como a semente que não restitui o tempo.


Um eu ti amo,



Seria a janela aberta que proporcionaria contemplar o horizonte na sua extensão infinito, calmo e inebriante. Uma janela que proporcionaria desbravar a profundidade do mar, mas que também proporcionaria o atrevimento de rir, brincar, chorar... Da vida. 


Perderia o fôlego. As pernas cambaleariam, 
Trêmulo perderia por segundos a fala, 
Emudeceria. A pressão cairia de leve. 


Depois um misto de lágrimas e risos me dominaria, talvez por falta de experiência de ouvi um eu ti amo. Além dos risos e lágrimas teria uma temporária crise de ceticismo que sufocado morreria após a confirmação demonstrada através de um longo e profundo abraço. 

Ainda com o coração quase saindo pela boca me recomporia... Felicidade saindo pelos poros... Transpirando alegria.


Será que agir assim é piegas, exagero? Pode ser que sim. Mas não importa, ... é assim que sinto, que um eu ti amo em me surtiria efeito. 



Por Adailson Pereira